4 junho 19

Mineiros estão cautelosos quanto ao consumo em junho

Publicado por: Ariane Subtil

A Pesquisa de Intenção de Consumo, realizada pela Federação das Câmara de Dirigente Lojistas (FCDL) para o mês de junho, revelou que o consumidor mineiro está cauteloso. De acordo com levantamento, apenas 32,1% dos mineiros pretendem ir às compras em junho. O restante (67,9%) possui intenção de poupar as finanças neste mês.

Os números indicam redução da intenção de consumo em relação a maio, quando 44,2% das pessoas a afirmaram pretensão de ir às compras. Conforme avaliou o nosso economista, Vinícius Carlos, em entrevista ao Diário do comércio, esse movimento pode ser justificado pela desconfiança em relação ao cenário político e à falta de medidas concretas na economia.

“Apesar de as pessoas apostarem na economia e Minas Gerais até estar gerando empregos, o cenário ainda é incerto. Enquanto não houver uma recuperação de fato, com empregos em níveis mais elevados e medidas concretas visando à retomada da economia, continuaremos com números oprimidos”, explicou.

Em relação às pessoas que irão as compras em junho, o estudo indicou que 25% gastarão principalmente com supermercados e hipermercados. Outros 10,7% consumirão em materiais de construção, enquanto os mesmos 10,7%, em roupas.

Data comemorativa – Vinícius Carlos ressaltou que especificamente sobre a data comemorativa do Dia dos Namorados, os consumidores indicaram que presentearão principalmente com roupas, perfumes e cosméticos. Mas lembrou que nem mesmo a data foi capaz de elevar o percentual em relação aos que pretendem poupar as finanças este mês.

“As pessoas disseram que irão às compras, o que deve gerar um aumento de 2,5% a 3% nas vendas da data, mas isso não será suficiente para elevar o desempenho do mês”, disse. Em relação ao tíquete médio, o economista afirmou também que ficará acanhado: entre R$ 50 e R$ 150.

Já entre os mineiros que disseram na pesquisa que pouparão seus recursos em junho, 56% disse que aplicará o dinheiro na poupança. Outros 16% destinarão a fundos de investimentos, 8% à previdência, outros 8% ao tesouro direto, 6% à compra de ações e os mesmos 6% em capitalização.