12 agosto 16

CDL GV atua contra feira itinerante

Publicado por: Ariane Subtil

A notícia de que a feira do Brás de São Paulo, que iria acontecer mais uma vez na cidade, em um estacionamento na Rua Bárbara Heliodora, esquina com Belo Horizonte, causou indignação na CDL GV e em lojistas. Por isso foi organizado um manifesto no dia 29 de junho, no local, onde os empresários, juntamente com representantes da entidade pediram algumas respostas das autoridades para saber se existia alvará de funcionamento e se a feira iria funcionar cumprindo as exigências da lei. O manifesto contou com o apoio do Sindicato do Comércio – Sindicomércio.

A CDL GV apoiou este movimento, pois sabe que a realização das feiras causa grandes prejuízos aos lojistas, tendo em vista que as mesmas só se realizam em datas avoráveis para as vendas no comércio. “Queremos que as autoridades competentes façam com que a fiscalização vigente seja cumprida. As feiras nada contribuem para a geração de emprego e renda para a cidade, prejudicando dessa forma os lojistas de Valadares que buscam sua renda basicamente do comércio, principalmente em um período em que uma crise se instalou no país”, afirma Dênis Ribeiro Leite, presidente da CDL GV.

DSC_0573O tesoureiro da CDL GV, Moisés Speridião, que representou a entidade no manifesto, lembrou que o comércio é uma das principais fontes de renda e de desenvolvimento da cidade e que não seria justo com os comerciantes a realização da feira. “Cerca de 83% do PIB [Produto Interno Bruto] de Valadares vem do comércio e prestação de serviços. Nós pagamos uma carga tributária altíssima, e, por exemplo, se invadimos a calçada 30 cm logo vem um fiscal chamar a nossa atenção, e com toda a razão, porque tem um código de postura. Mas tem que ser em condições de igualdade. A pessoa vem de fora, leva o dinheiro de Valadares, não gera emprego nenhum aqui. Então, o emprego que geramos aqui é para seus filhos, netos, amigos, e se todo mundo começar a buscar fora, já há a concorrência da internet, e assim consideramos a concorrência realmente desleal. A gente não tem nada contra os feirantes que estão aqui, mas que seja nas mesmas condições, que seja exigida a emissão de nota fiscal de compra e venda, porque é muito simples: se a pessoa não paga imposto não tem como a gente concorrer com eles, porque pagamos todos os impostos, pagamos os funcionários em dia, quer dizer, geramos recursos para o município, e o comerciante não tem prestígio nenhum.”