4 outubro 23

Dia das Crianças: 55% dos consumidores mineiros vão deixar as compras para a última hora

Publicado por: Ariane Subtil

Uma pesquisa realizada pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de Minas Gerais (FCDL-MG) apontou que, neste Dia das Crianças, 55% dos mineiros vão deixar suas compras para última hora. Na lista das preferências dos presentes estão os brinquedos (56%), seguido por vestuário (20%), calçados (12%), artigos eletrônicos/jogos eletrônicos (7%) e chocolates (5%). O levantamento foi realizado entre os dias 04 e 22/09.

“Normalmente, brinquedos, roupas e calçados se adequam mais facilmente ao orçamento das famílias, pois são itens com uma faixa variada de preços”, explica o economista da FCDL-MG, Vinícius Carlos Silva. Ele ressalta, ainda, que o momento é favorável para o varejo. “Os comerciantes poderão colocar à venda os melhores produtos, com o objetivo de aumentar seu faturamento e, ao mesmo tempo, testar quais estratégias funcionarão melhor para a Black Friday e o Natal”, afirma.

Tícket médio

Quando questionados sobre quanto pretendem gastar com os presentes neste Dia das Crianças, os mineiros informaram que, em média, o valor será de R$ 120. Já com relação às condições de pagamento, o cartão de crédito é a preferência de 76,5% dos entrevistados, seguido por cartão de débito (11,8%) e Pix (11,7%).

Situação do consumidor

A pesquisa apontou também que a situação financeira do mineiro em relação a 2022 permaneceu a mesma na opinião de 42,1%. Já outros 34,2% consideram que melhorou, e para 23,7% a situação piorou.

Ainda segundo os dados, 78,9% dos entrevistados disseram que os produtos e serviços de sua preferência estão com preços mais elevados. Outros 13,2% informaram que os preços estão iguais e somente 7,9% afirmaram que os preços estão diminuindo.

“Os mineiros seguem cautelosos com relação ao cenário econômico. Mesmo com os índices inflacionários apresentando queda, os consumidores ainda não estão sentindo na ponta, levando-os a reduzirem sua confiança na hora de consumir”, analisa Vinícius Silva.

Mudanças na faixa-etária 

O economista da FCDL-MG chama a atenção, ainda, para as mudanças na pirâmide etária que, futuramente, poderão impactar a data.  Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada em junho deste ano pelo IBGE,  houve um alargamento do topo da pirâmide etária e um estreitamento da base na última década. Em 2012, metade da população (49,9%) tinha menos de 30 anos. Essa taxa caiu para 43,3% em 2022. Já o percentual de idosos (com 60 anos ou mais) subiu de 11,3% para 15,1% no mesmo período.

“Essa tendência, com certeza, impactará o Dia das Crianças. Além disso, já observamos uma nova geração que preza por mais pela liberdade, pela autonomia, pelas gratificações imediatas e menos focadas na construção de uma família com vários filhos, quando comparada à geração baby boomers“, observa Vinícius.